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Olá leitores, hoje vamos conversar um pouco sobre o livro Uma dobra no tempo de Madeleine L’engle.
Sinopse:
Os Murry viviam a cerca de oito quilômetros da aldeia, isolados, em uma rua afastada. A geniosa Meg – a menina azarada e considerada má aluna na escola – e o pequeno Charles Wallace, rotulado como o “irmão bebê idiota”, compartilhavam o peso de serem crianças com um nível de intelectualidade acima do comum, o que causava certa dificuldade no relacionamento com as outras. Em um ambiente de cumplicidade, os irmãos e a mãe, uma bela cientista, conviviam bem, apesar das diferenças. Mas carregavam um vazio dentro de casa. O sr. Murry era um físico famoso e, desde que partiu para uma missão confidencial – e perigosa – do governo, não tiveram mais notícias dele. A vizinhança, curiosa, especulava a respeito.
Resenha:
O livro Uma dobra no tempo nos traz uma trama de ficção científica bem construída e mesmo tendo sido publicado no ano de 1962, relevante até hoje. A história é fluida e intensa, por ser um livro relativamente curto. Os personagens apresentados pela autora são muito cativantes, em especial as crianças Meg, Charlles Wallace, e Calvin.
Meg é a típica personagem adolescente com problemas na escola, não se encaixa bem entre os colegas e suas notas estão cada vez piores. Contudo, é interessante como a autora se utiliza disso para desenvolver a personagem, que apesar dos problemas aparentemente banais, sofre pela ausência e estranho desaparecimento do pai.
Algumas ações das crianças durante a narrativa irritam um pouco e trazem sérias consequências a trama. São deixados muitos pontos soltos na história, e mesmo sabendo que talvez a autora tenha respondido alguns deles nos próximos livros da série, ainda ficamos com a sensação de falta de explicações em diversas partes do livro. Esse ponto torna a história um pouco complicada de se entender no começo, não pela ambientação em si, mas pela falta de informação sobre a situação e o próprio plot da história. Com relação a isso, outra questão é a aparente apatia de alguns personagens em determinadas situações. Por exemplo, há um momento na história em que o personagem Charles, que de alguma forma entende mais do que as outras crianças, acaba omitindo informações que talvez pudessem ter mudado o rumo da narrativa e a tornado mais interessante, além de esclarecer a situação para Meg e Calvin. O leitor se sente aflito por não saber mais e perceber as dúvidas das crianças.
O universo, ou universos criados pela autora realmente são interessantes. A possibilidade de expansão e a grandeza são bem impressionantes também, o que conto como ponto positivo para o livro. Apesar dos pontos soltos, a problemática principal que nos é apresentada durante a metade do livro é bem resolvida e para quem torce para finais felizes ficará satisfeito. Um fato interessante é que para leitores mais velhos fica evidente a mensagem de caráter cristã que a autora passa através da história, o que me chamou atenção e me fez lembrar um pouco de As crônicas de Nárnia.
Então fica a dica de um livro infantil bem legal e de leitura rápida.
Filme
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Acredito que o filme tenha mostrado melhor a história do que o livro. A história é mais interessante e não ficamos com aquela sensação de não estar entendendo direito o que está se passando. Um ponto positivo é os efeitos especiais, que são impecáveis, como já conhecêssemos pelos trabalhos da Disney.
Contudo, fica evidente no filme os erros que me incomodaram na leitura. O próprio clímax não é tão épico assim, e não motiva tanto o expectador e no filme isso é bem explícito. O que podemos concluir é que na verdade faltou algo, algo que desse um ritmo melhor a história, o que poderia ter sido resolvido com um roteiro mais bem desenvolvido. Falta coesão, tanto no livro quanto no filme.
O filme claramente foi desenvolvido para o público infanto-juvenil, muitas vezes se utilizando de clichês já bem conhecidos por esse público. Embora que ainda agradável, o filme não tem o potencial necessário para se tornar uma franquia de sucesso.

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